Os ativos de geração solar ficam na Bahia e no Piauí, e o parque eólico está instalado na Bahia.
A tentativa de venda foi iniciada há poucos dias e, por enquanto, a companhia está consultando investidores no setor elétrico para verificar qual o interesse pelos ativos, que já estão em operação e têm contratos de longo prazo assegurados em leilões para venda da energia gerada.
A Enel tem sido destaque nos leilões de fontes renováveis no Brasil nos últimos anos. A companhia se identifica como a maior geradora solar do Brasil, com 819,2 MW em operação e outros 474 MW em construção.
Já nos dois primeiros leilões do país que incluíram a fonte solar, em 2014 e 2015, a italiana foi destaque ao levar a maior parte dos projetos contratados.
A partir do segundo semestre de 2015, porém, o setor de energia solar passou a enfrentar desafios significativos para crescer no Brasil. A forte desvalorização do real em comparação com o dólar em relação ao período em que os leilões foram realizados achatou as taxas de retorno dos projetos, e muitos deles tiveram os contratos rescindindos ou devolvidos a União por meio de um leilão de descontratação feito em 2017.
A Enel foi a exceção, e conseguiu concluir os projetos apesar dos desafios, por ter um controlador estrangeiro e sofrer mesmo os efeitos cambiais e financeiros da crise no país. Desde então, a companhia continuou protagonizando os certames de fontes renováveis.
Segundo apresentação institucional disponibilizada pela companhia no início do ano, são 842,4 MW de energia eólica em operação e 875,4 MW em construção.
No exterior, uma prática comum da companhia é vender projetos operacionais de rentabilidade menor para reciclar o capital. Os investimentos são redirecionados para novos ativos, com taxas de retorno mais atrativas para a companhia.
Procurada, a Enel disse que não iria comentar as informações.
Fonte: Valor
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