sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Senador quer Brasil sem carro a gasolina, diesel e até etanol em 2040

Reino Unido (2040), França (2040), Alemanha (2030), Índia (2030), Noruega (2025), Suécia (2019). Estes são alguns países que já definiram datas para banir automóveis com motor a combustão das linhas de produção e das ruas de seus principais centros urbanos --
medida que já faz grandes grupos automotivos se movimentarem em busca de alternativas, como dar exclusividade ao desenvolvimento de híbridos plug-in, elétricos e modelos a célula de energia. Mas e o Brasil?

Apesar do nosso país sequer ter conseguido estabelecer, até hoje, uma política que incentive o uso de automóveis mais eficientes e menos poluentes, já existe proposta no Senado para que motores a diesel e a gasolina também sejam proibidos por aqui. E no mesmo prazo das grandes nações: de 2030 a 2040.

Diesel e gasolina proibidos em 2030 

Ficaria proibida a venda de veículos novos com motores a diesel e gasolina. Mas a proposta vai além: dez anos depois, em 2040, seria vetada a circulação de veículos com estes tipos de motores, inclusive os já existentes. Apenas algumas categorias específicas, como carros de colecionadores, teriam a circulação permitida. Em conversa com UOL Carros, o Nogueira afirma que o projeto ainda aguarda a designação de um relator e será submetido à análise da CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) e da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. 

A expectativa é ver a proposta aprovada nas duas comissões ainda este ano, após a realização de audiências públicas, para então ser encaminhada, em caráter terminativo, para votação do plenário da Câmara dos Deputados. O parlamentar crê que seu projeto será aprovado até o fim de 2018. "Não vejo dificuldades para a aprovação. É uma tendência mundial, vem acontecendo em diversos países que já criaram ou estão criando uma legislação para que essa proibição aconteça. 

É uma situação que a gente tem de enfrentar, melhorar a qualidade do nosso meio ambiente. Um sexto das emissões de dióxido de carbono no mundo vem disso", afirma o senador.

Etanol é alternativa temporária

Considerado um projeto genuinamente brasileiro e uma alternativa sustentável aos derivados de petróleo, o etanol escapa da proibição inicial do projeto de lei, mas também sujeito a um limite.
Combustível proveniente de fonte renovável (a cana-de-açúcar) e com emissões bem mais baixas que a da gasolina, o etanol tem duas dificuldades, segundo o senador: primeiro, não tem competitividade para sobreviver no mercado local; e, na comparação global, será ofuscado pelo movimento mundial de eletrificação, ainda que seja alternativa mais limpa, simples e acessível.

"Acho que daqui a cerca de 20 anos o etanol não será mais usado porque as tecnologias no mundo todo estão focando nos elétricos. Não acredito que esse combustível irá seguir em desenvolvimento apenas no Brasil", avalia.

Assim, Nogueira se diz aberto para ajustar seu Projeto de Lei a deliberações extras sobre etanol e eletrificação que possam surgir de movimentos como o programa automotivo "Rota 2030" (projeto de metas para o setor automotivo), cuja discussão junto ao Governo está atrasada e que, ainda assim, prevê poucos avanços para elétricos e híbridos. Para Nogueira, a possibilidade de ter carros apenas com motores elétricos num segundo momento -- ainda que sem data definida -- faz parte do projeto:

"Não teria maiores problemas em ajustar e adaptar o texto, mas temos de criar um foco nos veículos elétricos. Isso tem de acontecer no Brasil. Faremos audiências públicas com indústrias envolvidas, seja do petróleo, seja automobilística, e chamar também entidades ligadas ao meio ambiente para definir se a data é correta".

Fonte: Uol

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