domingo, 14 de maio de 2017

SolarWorld inicia processo de insolvência

O fabricante do módulo fotovoltaico SolarWorld AG anunciou oficialmente que foi forçado a entrar em processo de falência.

SolarWorld AG disse em um report financeiro que o Conselho de Administração tinha conduzido uma revisão diligente das condições de negócios e seu endividamento, e concluiu que deve formalizar insolvência imediatamente.

SolarWorld estava lutando a anos para dar lucro depois de uma crônica fase de alto estoques devido a baixo demanda pelos seus produtos, entretanto, o declínio de preço dos módulos no mercado internacional devastou a indústria solar por vários anos antes de se recuperar em 2014.

A empresa divulgou recentemente resultados preliminares no primeiro trimestre de 2017, que incluíram receitas de € 186 milhões, mas perdas de € 18 milhões, comparadas com perdas de € 41 milhões no trimestre anterior.

A SolarWorld também foi duramente atingida pelo rápido declínio dos módulos solares nos EUA no segundo de 2016, causado pelo aumento da capacidade que vem dos principais rivais como JinkoSolar, ReneSola, Trina Solar e Hanwha Q CELLS oriundos da China para contornar a clausula de anti--dumping nos Estados Unidos, que tinha mantido os preços artificialmente maior.

SolarWorld AG tinha caixa e equivalentes de caixa de € 84 milhões no final do primeiro trimestre de 2017, de acordo com resultados preliminares divulgados.

Recentemente, a SolarWorld na Alemanha eliminou cerca de 400 postos de trabalho, uma vez que trabalhava na transição para de produção de wafers, células e módulos policristalinos para  tornar-se um produtor exclusivo de módulos monocristalino de alta eficiência, num esforço para se manter competitivo.

Globalmente, a SolarWorld tinha um total de 3.034 funcionários em tempo integral no final de 2016, de acordo com seu relatório anual. A SolarWorld Americas tem mais de 800 funcionários.

Nesta fase, ainda não está claro se as principais subsidiárias, como a sua unidade de fabricação e vendas nos EUA, SolarWorld Americas Inc., também seriam forçadas a falência separadamente da holding.

A SolarWorld Americas liderou uma campanha bem-sucedida para que o Departamento de Comércio dos EUA impusesse duas rodadas de direitos de anti-dumping sobre os módulos importados da China e depois sobre os módulos Taiwaneses.

O impacto do declínio dos preços dos módulos de mais de 30% em 2016 nos fabricantes de PV em sola americano, tem sido extremamente severo.

A Mission Solar, empresa com sede no Texas, fechou sua fábrica de células solares monocristalino de alta eficiência, com capacidade nominal de 200MW ano em outubro de 2016, com perda de pelo menos 87 postos de trabalho e a produção de montagem dos módulos foram reduzidas para em torno de 50MW.

A start-up americana Beamreach Solar faliu em janeiro de 2017 e as instalações da linha-piloto foram recentemente colocadas à venda.

Em março, a fabricante de celulares e módulos de alta eficiência Suniva pediu falência citando declínios de preços de módulos importados tomando tal decisão com o propósito de buscar proteção, logo depois de ter duplicado a capacidade de produção para mais de 400MW. A Suniva era maioritariamente detida pela empresa chinesa de energia renovável diversificada, Shunfeng International Clean Energy (SFCE).

Caso a SolarWorld Americas arquive o pedido de falência, isso tecnicamente, forçaria eles a  acabarem com toda a produção de células solares de silício cristalino e módulos nos EUA. A SolarWorld Americas informou a mídia que não tinha mais informações a serem compartilhadas neste momento, além daquelas fornecidas pela SolarWorld AG em suas demonstrações financeiras.

A First Solar tirou de operação temporariamente no quarto trimestre de 2016, duas linhas de produção em Perrysburg, Ohio, para ser adaptada para produzir seus módulos da linha (Série 6), e que deverá reiniciar a produção em meados de 2018. Atualmente, eles tem duas linhas da série 4 em pleno funcionamento, de acordo com as atualizações da First Solar para a mídia.

Com a interrupção da produção de células solares cristalinas nos EUA por cerca de um ano, será interessante para ver se as práticas de anti-dumping continuarão, pois eles foram destinadas a proteger os fabricantes de PV nos EUA.

No entanto, durante a SNEC 2017, a mídia foi informada de que a Seraphim, fabricante de módulos fotovoltaicos chinês, que tem uma fábrica de módulos no Mississippi, aumentou sua capacidade de produção para 160MW ano e que duplicou a capacidade nos últimos meses para atender a demanda local.

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Fonte: PVT

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